Sangue & Honra - Parte VI


Galera, estou demorando a postar devido a faculdade, muita coisa pra correr atras, eu peço desculpas, mas esta ai, fresquinha, recem escrita, espero que gostem.


Sangue & Honra - Parte VI


O céu do deserto de Tanaris mudava seus tons de purpura com nuvens tingidas de vermelho como manchas de sangue, para um véu cinzento e violeta de marcas negras, indicando a chegada da noite, anunciando as tempestades de areia que dilaceravam seres de todas as raças... Menos aqueles que adentraram o portal de Tol Barad, a eles, o perigo reservado é pior que qualquer outro mal das desolações de Kalindor.




Um troll caçador e  um orc guerreiro enfrentam uma hydra no Templo de Tol Barad, uma besta cultuada por trolls de uma ceita maligna que ofereciam seus irmãos de raça como oferenda.

Agora o caçador distribuía flechas pelo corpo escamoso da hydra, Trwill se enfurecera, e corria saltando da areia fina do templo e lançando o corpo que dava força ao seu machado contra a cabeça da besta, deixando a gravidade puxar o seu corpo ao chão depois de arrancar um dos dentes da hydra, o orc caiu na piscina da serpente, afundando.

- Trwil! Droga! 


A cauda do monstro mergulhava na agua a fim de caçar o guerreiro e espetar seu corpo fatalmente, a agua agitada nao apresentava nem um sinal de Trwill, até finalmente a cauda da hydra atingir um alvo e fica fixa, enquanto ao seu redor a agua era tingida de uma espuma avermelhada, e seu reflexo tornou-se escarlate.


- NÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOOO!!!


Khor1Zul desesperou-se ao ver que alem do sangue do orc as ondas da piscina traziam os pedaços de seu escudo, os olhos do caçador encheram-se de lagrimas, que dor seria essa? O Orc era um amigo afinal, era importante, era necessário  e agora? Morreria honrado em ter servido a horda como o orc? Com orgulho de ter chegado ao deserto de Kalindor e ter estampado no peito a bravura de enfrentar um ser mitologico como a tal hydra?


Os olhos do caçador fecharam-se ao rugido e a furia do monstro, seus punhos encontraram o tapete macio de areia branca, Kon assistia atento, sem poder fazer nada para não se tornar vulneravel no covil aquatico da besta...





A agua da piscina explodiu para cima num clarao de raios, a hydra foi paralisada se contorcendo, a hydra mergulhava na agua expondo o restante do corpo para tentar se livrar do torpor, ao longo de seu corpo via-se o caminho de sangue disperso em cachoeiras pelas escamas após o rasgo profundo de um machado ainda alocado na carne, e segurando-se nele o guerreiro com o braço livre equipado com a base restante de um escudo e segurando um frasco vazio que agora era jogado na areia na frente do troll.


- Por que toda vez sou eu que tenho de enfrentar a morte?


O troll se recompôs e renovou as esperanças, mesmo tendo ingerido a poção de cura, a pequena quantidade do precioso vermelho cintilante não fora suficiente para sanar todos os danos no corpo do orc, ele apresentava sinais de cansaço e pequenos filamento de sangue na altura onde antes era a proteção do escudo. A hydra se recompôs dos efeitos do ataque do orc, mais que depressa ele se lançou na areia do templo arrancando o machado e pitando a areia do templo de escarlate, nem como as pilastras e as paredes, e o fragil dorpo da troll que jazia diante daquela confusao, sobre a agua fria, os jatos de sangue, a força empreendida no ar...


- Precisamos acabar com isso ou todos morreremos.


- Minhas flechas estão se tornando poucas, Kon se afogaria tentando ataca-la, ou acabaria morto de forma brutal, e sem causar quase dano algum a essa fera maldita... Espere um segundo..





Khor'Zul retirava da cintura um vidro em forma de esfera, com uma tampa, e a lançou na agua.


- Que diabos é isso?


- Espere


- Vamos morrer! ela esta vindo!


Trwill empunhou o machado mais uma vez e se posicionou para encarar a hydra.


- Mais um pouco...


-... 


A agua da piscina congelou-se até a borda de pedra, juntamente com parte do corpo da hydra, a reação do monstro fez o gelo se partir e penetrar suas escamas, fora de controle, a hydra se afundava em agulhas de gelo, aproximando-se da borda, tentava abocanhar os aventureiros.


- Agora Kon!


O dinossauro pulou com as garras no olho esquerdo da hydra, que que acertou sua cabeça em contra ataque ao parceiro do caçador, jogando-o  na parede.


- Maldita!





Os olhos do troll avermelharam-se, Kon ainda não atingira a fase adulta, nem mesmo seu tamanho maximo, havia se desenvolvido de acordo com as taticas que seu mestre usava em batalha, uma delas era segar o inimigo de alguma forma, acertar-lhe o rosto brutalmente, o jovem dinossauro era bom em dar saltos e investidas e era fiel, e agora encontrava-se inconsciente. Em respostas ao contra-ataque da hydra Khoe'Zul arremessou uma flecha no olho direito da serpente gigante, segando-a por completo, mudou a posição de batalha para um aspecto agil e furtivo, correndo puxando a espada leve novamente da bainha. A hydra abocanhou a linha de posição do trol seguindo os sons da corrida do caçador, que agora encontrava-se  dentro de sua boca, mantendo-se fechada para engolir o troll, o sangue de seus olhos descia em linhas vermelhas nos espinhos de gelo.





- Khor.... Zul!


O orc sem pensar saltou nos espinhos de gelo, ignorando a dor, e a sensação de queimadura e dormencia do ar gelado e das pontas arruinando as botas de couro e ferro, Trwill caminhou até o estomago da hydra, ergueu o machado, e mais uma descarga de energia aconteceu quebrando em cacos e pequenas laminas o ninho de gelo, sentia sua pele ter pequenos cortes e arranhoes, sentia a dormencia, mas via a fera do templo em torpor novamente, o machado encontrou a carne da mesma, o orc banhava-se no sangue e nas viceras daquele ser enorme, até seu corpo voar pela areia do templo e encontrar uma das paredes.





Trwill acordara, vendo a areia do deserto cinza, não havia sol ou reflexo do céu influenciando na coloração da areia, o céu era um redemoinho em preto e branco, o orc olhou suas mãos e viu que sua pele e armadura tbm estavam cinzas, ouviu o sussurrar de algo em uma lingua desconhecida, olhou para o lado e viu a figura de uma anja em panos brancos leves que cobriam-lhe o corpo e cintilavam luminosamente, como as asas que pendiam abertas como um convite, o guerreiro se aproximou e olhou nos olhos de luz da anja...



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